O Ceratocone não é uma doença oftalmológica comum como a catarata, é extremamente rara que atinge menos de 0,5% da população mundial e de 1% a 2% da população brasileira.
O simples ato de coçar os olhos pode causar um avanço acelerado do Ceratocone.
O Ceratocone não tem uma causa específica, é uma doença genética rara, de caráter hereditário e com evolução lenta, que se manifesta mais entre os 10 e 25 anos. A atitude que muitas pessoas têm de coçar os olhos exageradamente pode levar à progressão da doença
Quando suspeitar do ceratocone?
O Paciente suspeito de ceratocone apresenta visão embaçada, distorcida, com halos ao redor da luz (ex: farol de carro), fotofobia, trocas constantes do grau dos óculos e coceira nos olhos.
O paciente apresenta miopia e astigmatismo irregular que aumentam progressivamente, consequência da deformação da córnea, que se torna cônica e mais fina progressivamente.
É possível tratar? Como?
Sim. O tratamento consiste em controle do prurido (coceira) com medicação específica. Também é possível fazer correção óptica com óculos e lentes de contato . Quando o ceratocone está evoluindo é necessário procedimento para barrar a evolução da doença (crosslinking do colágeno da córnea). Além disso, as lentes de contato são excelentes ferramentas de reabilitação visual em todas as fases da doença e mesmo nos casos pós- cirúrgicos
Quando as lentes de contato não são mais indicadas (casos mais avançados) há indicação cirúrgica : Anel intraestromal e transplante de córnea.
Qual a importância da Campanha Junho Violeta para a prevenção do ceratocone?
Esta Campanha foi criada com o intuito de chamar a atenção sobre a doença, alertar para não coçar os olhos (fator de piora da doença) e necessidade de diagnóstico precoce para controle e tratamento mais eficaz.
Diagnóstico precoce é essencial
Embora não tenha cura, o ceratocone pode ser tratado. O diagnóstico precoce ajuda a prevenir que a doença chegue aos seus estágios mais graves, que pode incluir cegueira.
Em geral, o ceratocone surge entre os 10 e 25 anos de idade e apresenta sintomas que podem ser facilmente confundidos com outros problemas – como a miopia e o astigmatismo. Por isso, para diagnosticá-lo é preciso fazer acompanhamento regular com o médico oftalmologista. Em especial para pacientes que possuem histórico de ceratocone na família, apresentam quadros alérgicos, olhos vermelhos e inflamados e têm hábito crônico de coçar os olhos.
Infelizmente, milhares de pessoas não possuem acesso a médicos oftalmologistas para realizar esse cuidado de prevenção. Mas a boa notícia é que atualmente existem projetos solidários que auxiliam essas pessoas durante o tratamento.