A retinopatia da prematuridade é um distúrbio caracterizado pelo aparecimento e crescimento anormal de pequenos vasos sanguíneos no fundo dos olhos (retina) do bebê prematuro. Trata-se da maior causa de cegueira infantil no Brasil e na América Latina, 80% dos bebês prematuros que nascem com peso entre 750-1000g vão desenvolver ROP, 10% destes podem ficar cegos se não houver tratamento.
Por que ocorre?
A retinopatia da prematuridade ocorre porque o olho do bebê prematuro ainda não completou seu desenvolvimento.Os vasos que nutrem a retina (que é a parte do olho que capta a visão) ainda não terminaram de se desenvolver e terão que crescer num ambiente diferente daquele controlado dentro do útero. Assim, alguns prematuros podem desenvolver vasos frágeis, que sangram, tracionam e podem descolar a retina. Quanto mais prematuro é o bebê ou menor o seu peso ao nascimento, maiores as chances dele desenvolver a doença. Este distúrbio não apresenta sintomas e o diagnóstico depende do exame cuidadoso dos olhos do recém-nascido por um especialista (oftalmologista).
Como evitar?
Todo prematuro que nasceu antes de completar 32 semanas de gestação ou nasceu com peso inferior a 1500g deve ser examinado por um oftalmologista especializado em retina, entre 4 e 6 semanas de vida. Outros fatores de risco são: a oxigenoterapia e doenças associadas – quanto mais grave o bebê, maiores as chances de desenvolver a doença. A maioria dos bebês evolui bem, mas quando a doença não é tratada ou evolui mal esse processo pode acabar causando o descolamento da retina do fundo do olho e perda de visão grave.
Há tratamento?
Há tratamento para as fases iniciais da doença: crioterapia ou laser na retina periférica para interromper o crescimento anômalo de vasos sanguíneos e diminuir o risco de descolamento da retina e a perda da visão. Se já ocorreu descolamento de retina, são necessárias cirurgias mais invasivas, com o objetivo de evitar uma perda de visão mais acentuada.